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Em Santa Catarina, presidente Lula entrega megaobra viária aguardada pela população há uma década

Maior obra rodoviária da América Latina, Contorno Viário da Grande Florianópolis encerra espera quase uma década na região. Entrega beneficia cerca de 1,1 milhão de pessoas

Redação
09/08/2024 14h05 - Atualizado em 09/08/2024 às 14h05
Em Santa Catarina, presidente Lula entrega megaobra viária aguardada pela população há uma década
Divulgação / Arteris Litoral Sul

Nesta sexta-feira, 9 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Renan Filho (Transportes) entregam em Santa Catarina o empreendimento que é considerado a maior obra rodoviária recente do país, aguardada há pelo menos 10 anos pela população catarinense: o Contorno Viário da Grande Florianópolis se destaca pela sua magnitude e impacto. A obra recebeu investimento de R$ 3,9 bilhões.

Exemplo de engenharia e inovação, a rodovia é projetada para melhorar a mobilidade urbana e fomentar o desenvolvimento econômico e social da região. Com 50 km de pistas duplas, seis acessos por trevos, sete pontes e quatro túneis duplos, a via irá desviar o tráfego de longa distância da região metropolitana da capital, proporcionando uma alternativa eficiente e segura ao tráfego da BR-101.

O Contorno terá velocidade operacional de 100 quilômetros por hora (km/h) e está sendo construída de forma a não ter aclives ou declives acentuados, sendo mais plana e tendo somente curvas suaves — evitando a necessidade de reduções de velocidade e garantindo a característica de corredor expresso. Também atenderá cerca de 18 mil caminhoneiros por dia, reduzindo o percurso para 40 minutos e economizando 50% no tempo no horário de pico.

“Isso aí já vem há muito tempo, é um sonho, muitos de nós achávamos que nem ia mais sair do papel. De dois anos para cá que a gente começou a ver as obras chegarem próximo à Rodovia”, lembra o caminhoneiro Everson Serafim, 46 anos, sobre o Contorno Viário da Grande Florianópolis. Mais de 1,1 milhão de pessoas que residem ou trabalham no seu entorno serão impactadas pela rodovia, melhorando a qualidade de vida e gerando mais oportunidades de emprego.

FLUXO DE CAMINHÕES — Com a conclusão do Contorno Viário, cerca de 18 mil caminhões por dia irão usar a rodovia e deixarão de circular na BR-101 entre os trechos de Biguaçu e Palhoça. Já o motorista que usar o Contorno fará a travessia da Grande Florianópolis em aproximadamente 38 minutos, o que garante cerca de 1 hora e 22 minutos de ganho no tempo de viagem nos horários de pico.
 

Túneis do Contorno Viário têm modernos equipamentos de tecnologia e segurança - Foto: Divulgação / Artemis

Os quatro túneis do Contorno Viário da Grande Florianópolis têm os mais modernos equipamentos de tecnologia e segurança existentes no mercado, integrados em um sistema engloba iluminação, circuito fechado de televisão (CFTV), sistema de detecção e de combate a incêndio, sinalização com painéis de mensagens variáveis e balizadores de faixa, telefonia de emergência e ventilação, entre outros itens. Cada túnel terá uma subestação, onde será feito todo o controle automatizado dos sistemas, que serão conectados à central de operações em São José dos Pinhais (PR).

MEIO AMBIENTE — Durante a construção, foram implementados 13 programas ambientais para a proteção dos ecossistemas da região. Reunidos no Plano Básico Ambiental (PBA), o conjunto de ações foi destinado a monitorar, controlar e reduzir possíveis impactos ambientais. Fazem parte do PBA, por exemplo, os programas de salvamento de fauna, preservação da cultura indígena, resgate de flora e plantio compensatório.

Mais de 14 mil mudas foram plantadas para garantir a conservação da biodiversidade local, com diferentes espécies nativas. Também foram removidos cerca 56 mil exemplares de espécies exóticas, contribuindo para a regeneração da restinga. Somente de pinus, mais de 30 mil unidades foram retiradas.

A Baixada do Maciambu, no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça (SC), teve 166 hectares reflorestados com mudas nativas, volume superior à condicionante prevista no plano (de 39 hectares). Considerada a maior unidade de conservação de proteção integral de Santa Catarina, o local também foi dimensionado para garantir o crescimento das espécies até o tamanho ideal exigido no plantio.

Foram identificados mais de uma dezena de sítios arqueológicos e 7.990 artefatos foram resgatados e preservados em instituições de guarda. O IPHAN acompanhou o trabalho arqueológico da obra.

Na Grande Florianópolis há dez comunidades indígenas Guarani, próximas às obras do Contorno. Com efeito, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do empreendimento considerou a situação social e histórica das comunidades, elaborando medidas de redução de impacto que foram realizadas de forma participativa.


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