Com moradores de mais de 90% do território brasileiro convivendo com a falta de chuvas, o Governo Federal trabalha junto a estados e municípios para que não falte recursos e apoio para enfrentar a maior estiagem dos últimos 75 anos no país, o que tem contribuído para o aumento das queimadas. A afirmação foi do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que participou do programa Bom Dia, Ministro, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quinta-feira (19/9).
O ministério, por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu na quarta-feira (18/9), a situação de emergência em mais dez municípios que enfrentam a estiagem. São eles: Canapi, em Alagoas; Alvarães, Coari, Manaus e Parintins, no Amazonas; Cáceres, no Mato Grosso; São Félix do Xingu, no Pará; Cajazeirinhas e Monteiro, na Paraíba; Afrânio, Caruaru, Jatobá e Petrolina, em Pernambuco, e Poço Redondo e Tobias Barreto, em Sergipe.
Com esse reconhecimento, as prefeituras podem solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório.
Até o momento, 380 municípios brasileiros estão com reconhecimento federal de situação de emergência devido à estiagem.
Citando como exemplo o anúncio de R$ 514 milhões para reforçar o combate aos incêndios e ações contra a seca na Amazônia, feito nesta semana pelo presidente Lula, o ministro reforçou que não vão faltar recursos federais para apoiar estados e municípios.
Para isso, o Governo Federal tem dialogado com deputados, senadores e o Poder Judiciário para que os valores repassados para o combate aos desastres climáticos fiquem foram da meta fiscal.
De acordo com Waldez Góes, 75% das queimadas na Amazônia estão ocorrendo em áreas privadas. No Pantanal, esse número ultrapassa 90%. E apenas 2,8% dos incêndios começam em reservas federais.
Durante bate-papo com radialistas de várias regiões, o ministro comentou a reunião que vai ser realizada na tarde desta quinta-feira com outros ministros e governadores de estados da Amazônia Legal e da região Centro-Oeste, para tratar do cenário na Floresta Amazônica, no Pantanal e no Cerrado.
O ministro falou também sobre a Sala de Situação, criada há mais de dois meses e que monitora de forma constante o cenário ambiental do país, “para que a resposta do Governo Federal esteja permanentemente em sintonia com os governos estaduais e com os governos locais”.